sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A história da vocação para padre...

Não me lembro a época exata em que isso aconteceu, mas me lembro com clareza que se deu naquela casa da ladeira em que vovó morou em Calçado.
Aliás essa é uma história que já estava quase esquecida em minha memória.
Algumas vezes ela me disse que eu tinha vocação para ser padre.
Já pensaram? Uma mulher padre? E logo eu....
Ponderava: Não existe mulher padre, vó! 
Ela respondia: Você pode ser a primeira!
Achava engraçado aquilo, mas prestava atenção no que ela falava.
Uma vez disse que tinha conversado com o padre de calçado para saber se era possível eu me tornar uma padre...
Não sei da resposta...
Continuo sem saber o motivo dela ter falado desse assunto comigo por algumas vezes.
Talvez ela tivesse notado a atenção que eu prestava nas missas que era assistidas pela TV da sala diretamente do santuário de Aparecida. Talvez tenha notado que eu gosto de falar. Talvez fosse um desejo dela.
Talvez...
Não sei...
Gostaria de perguntar a ela.


Andreane (neta)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O cigarro

Tio Elias, certa vez foi a um baile de carnaval em Calçado, e como era "moda" fumar, achou bonito as pessoas fumando e comprou uma carteira de cigarro da marca continental.
Por volta das 3h da manhã quando chegou em casa fumando o tal cigarro, vovó se levantou para ver quem estava chegando e notou o cigarro aceso.
Viu o cigarro, nem chegou a perguntar nada, foi logo amassando o cigarro e rasgou a carteira que estava com ele.
Nunca mais tentou fumar...
Teve ali uma lição sem nenhuma palavra, hoje percebe o grande bem que ela fez e tem imensa gratidão.
No tempo que fumar era bonito e nem se sabia os males que o cigarro trazia, vovó não permitiu que os filhos viessem a entrar no caminho do vício.
Quantas pessoas conhecemos que querem largar o fumo e não conseguem?
Não ter iniciado este vício foi ótimo para ele!
Disciplina é amor!

Andreane (neta) com a colaboração de Elias Gilsé (Elias do PT)

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Ano novo!

  Mãe, vovó e bisavó Nenzinha 
 
"Na passagem de ano novo, colheita de milho 
fazia aquela papa e chamava todos os filhos
todos comiam e nos olhos só se viam brilhos
depois da ceia se tivesse algumas desavença,
colocava todos nos trilhos."

 

Na passagem de ano a mãezinha jogava o milho no terreiro e pegava uma coricocó caipira bem gorda.
Torrava uma farinha de fuba  e ensopava a bichinha.
Da mesma farinha de fubá fazia bolinhos  recheados com cebolinha verde, salsinhas e mais outros temperos.
Fritava aqueles bolinhos saborosos  e colocava no meio da galinha caipira. Ahhh, os filhotes comiam tanto, que ela gritava: ELPIDIO VEM COMER LOGO!  Senão os filhos vão comer tudo!!
Mas tambem devera, 9 filhos mais o casal. 
Mais a vovó era  mesmo a favor da partilha, ela só comia os pés e moelas, o resto era para  a criançada. 
Também no final a panela já estava lavada!
 
Eu sou feliz por ter sido filho de D. Nenzinha!
Elias do PT, São José do Calçado, 02.01.2012