terça-feira, 27 de dezembro de 2011

DESEJO A VOCÊS EM 2012....



Paciência para as dificuldades...
Tolerância para as diferenças...
Benevolência para os equívocos...
Misericórdias para os erros...
Perdão para as ofensas...
Equilíbrios para os desejos..
Sensatez para as escolhas..
Sensibilidades para os olhos...
Delicadezas para as palavras...
Coragem para as provas...
Fé para as conquistas...
E amor para todas as ocasiões...

"Tania Cassia"

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

No tempo em que Jesus era mais que Papai Noel!


O natal na casa da vovó Nenzinha era especial no que se referia ao seu verdadeiro sentido, o nascimento do Cristo.
Dispensava o materialismo que a data induz. O dono da festa é o Mestre, quem deve receber os presentes e as homenagens é o Aniversariante e não nós.
Tio Elias e Tio Antonio nos contam que o dia de natal era quase que exclusivamente para preces, também chamava todos os filhos para a missa do galo na Igreja Matriz de São José do Calçado, onde o homenageado era o Filho de Deus.
A devoção era grande! A caridade sempre presente! Partilhava tudo que podia! Sentia a dor do outro e agia em socorro.
A maioria de nós ainda vê o Natal como uma festa de consumo, reforçando o culto ao materialismo e à materialidade, trocando presentes entre si, quando, em verdade, não somos os homenageados, nem a festa é nossa...
Será que o Cristo se sente feliz com isso?
Infelizmente, papai Noel ainda é mais importante. O Cristo se encontra desvalorizado e esquecido dentro das pessoas. Quase que “saiu de moda”.
Nossas mesas estão fartas, mas poucas vezes falamos em solidariedade como ela falava e praticava.
Quanto mais sepultamos as nossas vaidades, o nosso orgulho e o nosso egoísmo, mais somos atraídos pela luz do Cristo e nos tornamos felizes.
E então? Vamos pensar nisso?
O próprio Cristo disse que "A Seara é grande, mais os trabalhadores são poucos”.
Ele foi o Mestre, o Salvador, o Companheiro, o Amigo Certo, devotado no amor aos infelizes, sublime em todas as lições, forte, otimista e fiel ao Supremo Senhor até a cruz.
Bem aventurados os seus discípulos sinceros, que se transformam em servidores do mundo por amor ao seu amor!
Neste dia – de natal – façamos como ela fazia, podemos nos reunir em orações/preces/rezas, agradecendo a Deus Pai por ter nos enviado o seu Filho, espírito elevadíssimo que nos deixou grandes ensinamentos, seja através de parábolas, seja a través de seus exemplos. Assim como podemos agradecer de ter convivido diretamente com ela, Vovó Nenzinha que tanto nos ensinou.
FELIZ NATAL A TODOS!

Andreane (neta)

*Colaboração Elias Gilsé (filho), Antonio Nazaré (filho).

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Poeminha


 


                Vovó Nenzinha

     Hoje bateu-me uma saudade
     Da minha querida vozinha.
     Dos seus olhos,
     De sua voz mansa , fraquinha...
     Daquela grande simplicidade
     Que existia na vovó Nenzinha.

     Ai, como era maravilhoso,
     Avistá-la de longe à janelinha!
     Meu coração saltitava
     Ao vê-la debruçada, bem quietinha.
     Qualquer minuto era precioso
     Ao lado da vovó Nenzinha.

     Mas os dias foram mudando,
     E com eles também vovozinha.
     Seu cabelo embranqueceu,
     Ficou a vovó velhinha!
     Com seus chinelos arrastando,
     Lá ia a vovó Nenzinha

     Um dia triste apareceu,
     Olhei, vi somente a janelinha.
     Foi então que perguntei:
     Onde está a vovozinha?
     Cristo foi quem respondeu:
     Está comigo a Nenzinha.


    Adaptação do texto de Lucineide - Poesias que falam de pessoas queridas.

domingo, 18 de dezembro de 2011

O apostolado do Sagrado Coração de Jesus

Ela não frequentava o apostolado porque morava longe na roça e era difícil conseguir participar do grupo.
Mas, segundo ela, uma vez sonhou que viu, de um lado, uma escada muito bonita, iluminada que subia grandes alturas, decorada com flores e com pessoas muito felizes que subiam por ela, e, do outro, havia um labirinto que levava para um lugar escuro, cheio de barro, enlamaçado, muito triste, com pessoas que pareciam estar sofrendo muito.
Ao lado dela havia uma senhora que observava aquilo.
A vovó, então, perguntou à senhora o motivo daqueles dois caminhos.
A senhora explicou que por aquela escada bonita subiam as pessoas que pertenciam ao apostolado do Sagrado Coração de Jesus. Sem medir esforços, ela passou a fazer parte do apostolado e sempre foi muito fervorosa na fé.
Isso aconteceu por volta da década de 1950.
Bem como nos diz o ensinamento de Cristo através parábola da porta estreita, ela optou pela porta que mais lhe atraiu, que é a porta que leva ao elevamento espiritual.
Parece óbvio que todos escolheriam a "escada" ou a "porta estreita", mas pela própria história contada verificamos que mesmo sendo bem triste o caminho mais largo, muitos o escolhem.  A princípio não exige nenhum tipo de sacrifício, dedicação ou despaego. Basta querer entrar, mas o caminho apesar de "lardo" é doloroso. Já  a "escada alta" e a "porta ser estreita"  nos levará a um caminho de renúncias pessoais, de desapego, trabalho em favor do irmão necessitado de auxílio, disciplina de pensamentos e ações.

Então, qual o motivo de a porta ser "estreita" ou a "escada" ser alta?

Quando Jesus faz o convite usando o verbo no imperativo: “Entrai pela porta estreita” é porque a maioria das pessoas está buscando a porta larga. O que está depois dessa porta larga? O caminho espaçoso que conduz à perdição, simbolizando a busca das ilusões de uma vida centrada na inversão de valores do materialismo, com o objetivo de se adquirir a felicidade em fazer e ter coisas, em parecer o que não se é, enfim em valores falseados, que conduzem a um vazio existencial e às doenças de falta de sentido de vida.

Se questionarmos as pessoas que estão entrando pela porta larga todas elas dirão que estão buscando a felicidade, mas elas a colocam fora si mesmas, nas coisas, nos bens, nos relacionamentos, em um corpo perfeito por fora com uma plástica invejável, enfim, em questões puramente materiais. Com isso se distanciam cada vez mais da verdadeira felicidade, que está atrás da porta estreita no apertado caminho que leva à vida.

Para entrar pela porta estreita é necessário um movimento de autoconsciência. Por isso que ela é denominada estreita e poucos há que a encontram, exatamente porque ainda são poucas as pessoas que buscam viver de forma autoconsciente uma Vida com “v” maiúsculo, espiritualmente saudável.
o    Quantas lições, quanto aprendizado!  


 *Relato enviado por Antonio Nazaré (filho) e Virgínia (neta).
*Colaboração de Andreane (neta)
* Trecho de texto do livro:  “Parábolas Terapêuticas – Uma Abordagem Psicológica Transpessoal das Parábolas e Outros Ensinamentos de Jesus” do autor Alírio de Cerqueira Filho, capítulo 6.



 

sábado, 17 de dezembro de 2011

O MILAGRE!


BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS! ...
Entre as pessoas que fazem jus a esta promessa de Jesus Cristo, gosto de lembrar a Sra. Virgínia de Almeida Xavier, a conhecida Dona Nenzinha, ali da ladeira Getúlio Vargas, com uma bonita e emocionante história.

Admiro-a com intensidade. Seu coração é um celeiro de virtudes, comprovadas, principalmente pelo carinho maternal que dá aos seus agregados: como se não bastasse a sua numerosa prole, suas noras e uma boa quantidade de netos desfrutando o seu amor! Além de tantos outros que dela se servem! É só chegar e os braços se abrem para uma recepção acolhedora.

Essencialmente cristã, vivendo no dia a dia o Evangelho, tem sido premiada com especiais concessões.

Fico embevecida ao vê-la contar o que lhe ocorrera quando estava prestes a se submeter a uma cirurgia de cálculo renal. Isto de deu em 1987.

Depois de ficar internada no hospital, em Bom Jesus onde permaneceu sete dias no C.T.I., desenganada pelos médicos, foi removida para Campos, na esperança de toda a família, de lá encontrar algum recurso que pudesse salvá-la.

Uma junta médica, confirmando o diagnóstico já formado, não via o caso com olhos de esperança, dado o enfraquecimento geral da paciente.

Desespero e aflição para seus filhos, que buscavam do Alto, pelas orações e súplicas, os recursos que a ciência médica não prometia dar. Cirurgia era a última apelação. Tudo já estava preparado para se investir na paciente, com a cartada final.

Sabem os que são firmes na fé e na esperança, que Deus tarda, mas não falha. Realmente. Antes de amanhecer o dia previamente marcado para a operação, Dona Nenzinha é agraciada com a benção do Pai, que lhe envia uma mensagem em sonho, através de Nossa Senhora Aparecida, a quem dedica especial devoção.

A princípio via somente a mãozinha da Santa que lhe indagou:

- Conhece esta mão?
- Sim, é de Nossa Senhora.
E o diálogo foi longo.

A Santa lhe disse que ela, a mãe de Deus, é uma só, atendendo por diversas denominações, tal como as pessoas também atendem por apelidos. E que a razão de aparecer escura é para trazer conforto e esperança aos negros que vivem sofrendo os preconceitos da discriminação racial.

A essa altura da conversa, Dona Nenzinha já podia vislumbrar totalmente o vulto da Santa.

Quando entraram no assunto da enfermidade, a mãe lhe dizia que a operação não iria acontecer, pois se isso ocorresse, ela, a paciente, não agüentaria. Mas a pedra nos rins ia desaparecer...

Contando aos filhos o sonho daquela noite, houve entre eles uma grande confusão espiritual.

Esperança e dúvida pesavam na balança da fé.

Tomavam vulto os preparativos para se cumprirem as determinações médicas.

Já na mesa cirúrgica, rodeada de dois cirurgiões, a paciente narrou-lhes o seu sonho.

Um deles, lamentavelmente incrédulo, falou a ela que somente com a operação a pedra seria tirada e sem qualquer garantia de vida. Nenhum recurso de Deus seria capaz de fazê-lo.

O outro, talvez levado pela sensibilidade cristã, sugeriu ao colega uma radiografia que pudesse, talvez, confirmar o sonho.

Irreversível na sua incredulidade ele discordava dessa ponderação.

Antes da anestesia geral, Dona Nenzinha sentiu uma dor aguda e falou aos médicos:

Acho que a pedra saiu, tal a dor que senti agora.

Os profissionais então, mais por insistência de um, resolveram submetê-la a uma radiografia prévia, que constatou, perfeitamente limpos os rins, sem qualquer vestígio de cálculos.

Beleza de fato! E, para alegria maior, com gente de nossa terra!

Fica aqui uma lição de Fé e Esperança aos que vacilam em momentos difíceis. Lição de vida cristã, vivida na simplicidade do amor sem preconceitos, despretensioso, puro e sem limites.

E então, a justiça nunca falha:

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão a misericórdia”!

Autora: Maria da Penha Borges R. Teixeira
Livro: São José do Calçado não cabe em apenas uma crônica – Mais de 120 crônicas de 55 autores calçadenses, escrevendo sobre o tema favorito de todos: a saudade de sua terra e de seu povo.
Coleção: “Escritos de Calçado” Ano 2004.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A morte não é nada...



” Santo Agostinho ”

“A morte não é nada.

Eu somente passei
para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês,
eu continuarei sendo.

Me dêem o nome
que vocês sempre me deram,
falem comigo
como vocês sempre fizeram.

Vocês continuam vivendo
no mundo das criaturas,
eu estou vivendo
no mundo do Criador.

Não utilizem um tom solene
ou triste, continuem a rir
daquilo que nos fazia rir juntos.

Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.

Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi,
sem ênfase de nenhum tipo.

Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.
A vida significa tudo
o que ela sempre significou,
o fio não foi cortado.

Porque eu estaria fora
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora
de suas vistas?

Eu não estou longe,
apenas estou
do outro lado do Caminho…

Você que aí ficou, siga em frente,
a vida continua, linda e bela
como sempre foi.”

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Homenagem do PT à Virgínia Xavier de Almeida

"Começava a transcorrer o ano de 1917, e o casal André Fonseca Xavier e Antônia de Almeida Xavier, já estava se preparando para receber mais um de seus nove filhos. E, no dia 10 de março, nasceu Virgínia Xavier de Almeida, que era a sétima filha do casal.
Muito cedo, a menina interessou-se pela leitura, e logo tornou-se alfabetizada.
De família católica e muito religiosa, a garotinha já sabia o Catecismo muito antes de completar seus sete anos, ficando assim com uma grande vontade de receber a Santa Eucaristia , mas a idade ainda não permitia, transtornando seu pequeno coração, que sentia enorme necessidade de aproximar-se mais de Jesus Eucarístico.
Mais tarde , já com seus vinte e dois anos, casou-se com seu primo Elpídio Teixeira de Almeida. Desde então passou a ser conhecida popularmente como D. Nenzinha . Teve onze filhos, dos quais nove são vivos.
Apesar das dificuldades da vida na zona rural e ainda a luta contra a doença que levou ao falecimento de seu querido esposo em 1970, D. Nenzinha conseguiu dar estudo a todos os filhos. Contava com a inseparável máquina de costura, que sempre trabalhando ajudava no sustento da numerosa família.
Depois de formados, alguns filhos foram se deslocando para a capital, Vitória, visto que no interior não havia oferta de trabalho para os recém-formados.
Já colocados, os meninos passaram a ajudar a mãe financeiramente, e mais tarde, solicitaram colaboração da mesma para a formação do Partido dos Trabalhadores em nossa Cidade, São José do Calçado-ES, quando teve sua filiação registrada em 01-05-1981, já que e uma pessoa trabalhadora e com um ideal de justiça e igualdade tão aguçado, desde tenra idade.
Em 1969, deixou de morar na zona rural e veio residir em São José do Calçado, uma vez que na cidade, teria melhores condições para cuidar da saúde de seu esposo e ainda mais facilidade para o estudo dos meninos.
Em 1982, Paulo, seu 7º filho, veio a candidatar-se a um cargo eletivo em nossa cidade. A eleição era disputadíssima e o PT não tinha a menor chance, mas lá estava ela sempre incentivando e tentando persuadir a todos, inclusive os adversários.
Mais tarde, Bentinho, o caçula, também candidatou-se , e , mais uma vez, ela fazia suas falas a todos os que encontrava, levando os ideais do PT , que também são os seus.
Enquanto residiu na cidade, sua casa, era também local para abrigar o Comitê do PT em épocas eleitorais, além de "porto seguro"para todos os que precisavam de sua ajuda. O imóvel ainda continua sendo ponto para reuniões petistas e do Diretório Municipal.
No ano de 1998, voltou para o Sítio Boa Esperança, porquanto era um sonho seu voltar a viver na roça.
Sendo pequena proprietária, e lá residindo, recentemente, acolheu em seu sítio, um acampamento com aproximadamente 300 barracas do MST, que aguardavam assentamento em uma fazenda próxima. Os mesmos estavam em um acampamento à beira da estrada, sem água, com tráfego intenso de veículos e sem condições de ali permanecerem. Estes ficaram em sua propriedade o tempo necessário.
Atualmente há outro grupo acampado, contando com 50 barracas.
Aos 86 anos de idade ainda exerce sua cidadania, votando nas últimas eleições em LULA para Presidente.
E, por isso, hoje, D. Nenzinha do PT está sendo homenageada, por não ter vergonha nem medo de ser feliz.
Um abraço fraterno.
De seus filhos.
Pedro, Antônio, Sebastião, Jonas, André, Paulo, Belchor, Elias e Bentinho.
PT Saudações.
Rêgea (Nora)